Fundado em 1991, o Rage Against the Machine alcançou uma trajetória de sucesso. Com quatro álbuns de estúdio, a banda vendeu mais de 16 milhões de discos mundialmente e coleciona quase 11 milhões de ouvintes mensais somente no Spotify, apesar de não lançar material inédito há décadas.
Para Tom Morello, guitarrista do grupo, há um segredo por trás do triunfo do Rage Against the Machine. Em participação no podcast “The Magnificent Others”, apresentado por Billy Corgan (Smashing Pumpkins), Morello explicou que a banda segue uma “versão hard rock e punk” da fórmula de James Brown. O saudoso cantor enfatizava a primeira batida do compasso, algo que trouxe dinamismo e poder ao som da banda.
“O sucesso musical do Rage Against the Machine aconteceu porque, na minha visão, a banda era uma versão hard rock e punk da fórmula de James Brown: tudo volta para a primeira batida. Pode ser que não haja uma única mudança de acorde no catálogo do Rage Against the Machine. E é isso que dá dinamismo, é isso que dá poder. Essa é a razão pela qual a plateia enlouquece daquele jeito”, relatou Morello.
Morello já havia mencionado essa ideia em outras ocasiões. Em entrevista à MusicRadar em 2016, ele brincou: “Nossa música é basicamente baseada em James Brown, o foco está na primeira batida. Às vezes eu acho que todo o catálogo do RATM tem apenas uma única progressão de acordes [risos].”
Ele também abordou as diferenças entre o Rage Against the Machine e o Audioslave, supergrupo formado por três dos membros do RATM junto com o falecido vocalista Chris Cornell. Em 2021, Morello explicou ao radialista Howard Stern: “A música do Rage Against the Machine traz um baixo do tipo James Brown. Tudo se resume a isso. É a mesma batida motriz, o mesmo ritmo que conduz, pois é rap, é o excelente vocal punk rock e Zack. Com Chris, para permitir que ele brilhasse, deveria haver esse contraponto harmônico.”